A Propaganda tem se superado a cada dia, à medida que compreende as mudanças do mundo, interpretando e dando novos sentidos a essas mudanças. Um exemplo disso é o uso da intertextualidade nas peças publicitárias.
O que é intertextualidade?
De acordo com o dicionário de Oxford, a Intertextualidade é “a influência de um texto sobre outro que o toma como modelo ou ponto de partida, e que gera a atualização do texto citado.” Portanto, se trata de uma criação realizada a partir de uma alusão (referência), que cria uma interconexão entre as duas obras, além disso, contribui no sentido de ampliar a interpretação ou até mesmo dar um novo sentido à obra.
A intertextualidade não se limita a adaptação de textos, mas pode atingir também obras de arte, cinema e fotografias.
Exemplos de Intertextualidade:
A intertextualidade entre obras de arte e a Propaganda
Considerando a grande influência visual que as obras de arte possuem e também sua fácil assimilação com o público geral, elevar uma peça publicitária com associação a uma obra de arte, foi uma grande “sacada”. Afinal, a mensagem transmitida já possui um conceito social por trás, sendo mais fácil comunicar através de uma imagem “confiável” e conhecida.
A partir desse conceito, é possível agregar valor a diversas marcas, inserindo ideias a partir de conceitos conhecidos.
A seguir, você verá alguns exemplos de marcas que fizeram uso dessa técnica por meio da adaptação da imagem ao estilo artístico, ou até mesmo inserindo a marca em um contexto da obra através de montagem. Além disso, a linguagem publicitária e o texto das peças complementam a conexão intertextual da mensagem da campanha publicitária com as obras.
A intertextualidade na moda
Muitas marcas relacionadas ao mundo da moda também utilizam do estilo artístico das artes antigas para a composição de suas coleções e comunicação visual.
As inspirações podem ser abrangentes, como nos principais movimentos artísticos como Renascimento, Barroco, Romantismo, Impressionismo, Realismo, Naturalismo, Simbolismo, Fauvismo, Cubismo, Futurismo, Dadaísmo, Surrealismo, Modernismo, Expressionismo e Pós-Modernismo, ou em artistas específicos e suas obras, como: Van Gogh, Monet, Leonardo da Vinci e Frida Kahlo.
Um exemplo de intertextualidade que desenvolvemos em nossas peças, foi para nosso cliente Gemma Cucina Italiana, que resgata a tradição da culinária tradicional italiana em uma cidade onde a maioria da população tem descendência italiana, logo, seu público-alvo conhece bem a cultura do país. Sua gastronomia e o ambiente do restaurante resgatam o público ao clima italiano, berço da arte e do Renascimento.
Por isso, a gema do ovo, símbolo da marca, tipifica esta renovação do clássico, uma inovação que preserva a riqueza deste elemento tão importante, que é a cozinha mais famosa do mundo. Foi assim que nasceu, ou renasceu, a Gemma, referenciando ‘’A criação de Adão’’, obra de Michelangelo!
Inspirar-se nestas grandes campanhas, que se consagraram na propaganda, é uma grande oportunidade de conceituar sua marca culturalmente e criar formas de identificação e um vínculo emocional, através do que já é consagrado no repertório popular.